terça-feira, 12 de abril de 2016

Cheia



Porque só eu sou cheia no desequilíbrio
Só cheia sou eu quando com fome
Vontade de cair se em terra firme
E coração vazio quando não sofre
Chamam-lhe paixão eu nem sei que chamo 
Mas chamo! Pela noite fora
Se só estou cheia quando com fome
Venha a neve e leve aqueles que dormem
E eu fique nua, pela tempestade;
Aquela que quer o calor do fogo
Mas que não vive sem o frio no rosto.